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Governo federal anuncia medidas para baixar os juros do cartão de crédito

23 de Dezembro de 2016 / Consumidor

 

O presidente da República, Michel Temer, anunciou, nesta quinta-feira (22), mudanças no sistema de pagamento do cartão de crédito para permitir redução dos juros cobrados já no primeiro trimestre de 2017. O anúncio foi feito durante café da manhã com jornalistas, no Palácio do Planalto.

"Alguns dias atrás, eu, ministro Meirelles [da Fazenda] e ministro Dyogo [do Planejamento] anunciamos que haveria uma redução dos juros do cartão de crédito. E, de fato, os últimos estudos revelam que no primeiro trimestre deste ano haverá uma redução de mais da metade dos juros cobrados do cartão de crédito", afirmou o presidente

Pela proposta do governo, as instituições financeiras poderão oferecer um prazo máximo de 30 dias no pagamento rotativo do cartão de crédito, transformando a operação automaticamente em crédito parcelado.

"Em segundo lugar", afirmou ou presidente, "30 dias após - é isso que está sendo imaginado -, haverá um parcelamento daqueles que não pagaram e este parcelamento ainda receberá juros inferiores, menos da metade do que é para o chamado rotativo", afirmou.

Segundo o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, hoje, existe um incentivo do cartão para o consumidor continuar neste crédito rotativo por um período muito mais longo. "Então a ideia é que isso seja limitado a 30 dias e a partir daí transformado em crédito parcelado, em até 24 meses ou prazos inferiores, com taxas um pouco mais baixas”, esclareceu.

De acordo com o ministro, com a redução do prazo o governo espera que a taxa de juros praticada pelos bancos no crédito rotativo caia para um valor aproximadamente de menos do que a metade do valor atual. “E no parcelado um valor de custo ainda menor”, acrescentou.

Hoje, quando o cliente paga apenas uma parte da conta do cartão, sobre a parcela restante (crédito rotativo), incidem juros que chegaram, em outubro, a 475,8% ao ano.

Meirelles avaliou que a possibilidade de também haver queda no custo do crédito parcelado terá como consequência a redução do comprometimento da renda mensal dos consumidores, em virtude da queda das taxas.

O ministro citou, também, que haverá prazos maiores de pagamento, flexibilidade com pagamento em parcelas menores e ampliação da capacidade de consumo das famílias.

“Com isso se amplia, entre outras coisas, o prazo de pagamento total do cartão, porque entrando no parcelado não só a taxa é menor, mas pode-se também ter um prazo de pagamento substancialmente maior”, completou o ministro.

Fonte: Portal Planalto, com informações do Ministério da Fazenda

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