O transporte público de Porto Alegre começa a operar nesta segunda-feira com novas tarifas: nos ônibus, o valor passa dos atuais R$ 3,25 para R$ 3,75, e nos lotações, de R$ 4,85 para R$ 5,60 — um aumento de 15,38%. Também entram em operação 296 coletivos de pintura diferente, aumenta o número de veículos com ar-condicionado (o equivalente a 37% da frota) e novas linhas (T12 e T13, que atenderão Restinga e Lomba do Pinheiro) entram em circulação. Além disso, haverá mais veículos articulados em operação e deve ser posta em prática a menor ocupação de passageiros por metro quadrado, prevista na licitação para evitar a superlotação dos coletivos.

Os 296 ônibus que passam a circular nesta semana estão equipados com ar-condicionado e são adaptados para acessibilidade. Apenas 12 deles, porém, são realmente novos na frota: os demais substituem veículos antigos ou correspondem a pinturas em ônibus já adquiridos e ainda fora de circulação.

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Com esses coletivos, Porto Alegre passará a contar com 1.715 ônibus em 2016. A adesivagem será feita de forma gradual: inicialmente, circularão coletivos com as pinturas novas e antigas nas mesmas regiões. Os veículos terão cores de acordo com as áreas de operação: o azul será destinado às linhas que atendem a Zona Norte, o verde, para a região Leste, o vermelho para a Zona Sul, e o amarelo corresponderá aos trajetos da Carris.

Após a confirmação do valor da passagem e do início da vigência, o Bloco de Luta pelo Transporte Público organizou uma manifestação para esta segunda-feira. O ato terá concentração a partir das 17h na Praça Montevidéu e, assim como na terça-feira passada, deve percorrer a área central da Capital. Inicialmente, estava agendado para o dia 29.

— Como a decisão da prefeitura foi anunciada hoje (sexta-feira), decidimos organizar um protesto já para a segunda-feira. Mas o ato do dia 29 também está mantido. Vamos mobilizar a população para que saia às ruas e proteste contra esse aumento abusivo — afirma Matheus Gomes, integrante do Bloco e representante do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFRGS.

Além de protestar contra o aumento da passagem, o Bloco de Luta também defende o passe livre e um maior diálogo entre prefeitura e população sobre o tema.

— Nessa nova licitação, a prefeitura diminuiu o diálogo dos moradores sobre o transporte público. Percebemos reclamações não só quanto ao preço, mas também à qualidade do serviço — diz Gomes.

Fonte: Zero Hora