Sindicato promove assembleia com empregados para deliberar sobre acordo inédito de trabalho não presencial

Sindicato promove assembleia com empregados para deliberar sobre acordo inédito de trabalho não presencial

 Na manhã de ontem (25) o Sindicato dos Empregados de Cooperativas de Crédito (Secoc/RS) promoveu assembleia com os trabalhadores da Central Sicredi Sul para deliberar sobre Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) que regulamenta a modalidade de trabalho em sistema home office.

O acordo é um dos primeiros a ser realizado no Brasil e é um marco na negociação deste tipo de trabalho não presencial.  Para que os interesses dos empregados fossem plenamente atendidos, o Secoc/RS buscou estudos recentes sobre os impactos positivos e negativos desta modalidade de trabalho e, na negociação estabelecida com o empregador, garantiu direitos e benefícios aos empregados evitando que os mesmos sofram prejuízos.

As cláusulas que compõe o acordo foram apresentadas e discutidas com os trabalhadores  da Central Sicredi Sul, que tiveram ampla participação na assembleia realizada e decidiram por unanimidade pela aprovação da proposta.

O Acordo Coletivo aprovado, que prevê a possibilidade do trabalho não presencial, desde que seja de interesse comum do empregado e do empregador,  garante  a manutenção de todos os direitos  e benefícios que integram a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) vigente.

 Estabelece ainda  ajuda de custo para as despesas de energia, telefonia e internet. Além disso, houve a preocupação do Sindicato com a saúde dos trabalhadores, ficando acordado que haverá orientações e treinamentos para que sejam observadas as normas de ergonomia e saúde. 

 O acordo ainda prevê a manutenção da carga horária já estabelecida, intervalos e horas extras, conforme ajustadas na CCT.

Para o presidente do Secoc/RS, Everton de Brito, este acordo inédito, que se institui diante de um cenário de exceção causado pela pandemia, antecipa um formato de trabalho que vem com força na contemporaneidade e que carece de regras claras para a manutenção dos direitos dos trabalhadores. 

"Com certeza há muitas vantagens no home office, com relação à economia de tempo sem o deslocamento e a oportunidade de estar mais próximo da família, no entanto, devemos estar atentos para que os aspectos de saúde e econômicos sejam atendidos e regulamentados de forma que os empregados não sejam sobrecarregados com jornadas extensas, sem o adequado suporte", ressalta.

O dirigente ainda alerta para alguns problemas que já estão surgindo com o trabalho remoto, com a proposta de alguns empregadores de retirada de conquistas adquiridas como o vale refeição, por exemplo.  "Um sindicato só se faz com a participação dos representados e mais do que nunca é necessária a presença da categoria para que as mudanças no mundo do trabalho sejam a evolução positiva das relações trabalhistas e não uma oportunidade de precarização e de retirada de direitos duramente adquiridos ao longo dos anos", conclui.

 

Fonte: Secoc/RS

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