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Ele esteve reunido com representantes das centrais sindicais, ligadas à Confederação Sindical Internacional (CSI), que estão empenhados no reconhecimento do direito de greve como um instituto do Direito Internacional, no âmbito do debate que se desenvolve sobre a matéria na Comissão de Normas da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Em nome da União Geral dos Trabalhadores (UGT), esteve presente à reunião, o vice-presidente da entidade Lourenço Prado.
Os trabalhadores são favoráveis a levar o assunto ao Tribunal Internacional de Haia caso o consenso não seja alcançado na OIT. O questionamento levantado pelo bancada patronal, em 2012, é de que o direito de greve não estaria amparado pela Convenção 87 da OIT, que trata da liberdade de organização sindical. O impasse na Comissão de Normas já dura dois anos.
Na próxima segunda-feira (23) haverá uma reunião tripartite em Genebra, sede de da OIT, para mais uma rodada de negociações na tentativa de avançar na busca de um consenso possível sobre o assunto. Para Manoel Dias, o governo brasileiro reconhece o direito de greve como parte do direito internacional.
“Em muitos casos, a greve é a única arma que resta ao trabalhador para fazer valer os seus direitos. A defesa desse direito tem o nosso total apoio”, explicou o ministro.
Ele lembrou que, em meio a crise internacional, estabelecida desde 2008, a luta de classes tem ganhado força e levado a esse tipo de debate, que ameaça direitos adquiridos dos trabalhadores.
As organizações dos trabalhadores, segundo o representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da OIT e secretário de Relações Internacionais da Central Única do Trabalhadores (CUT), Antonio Lisboa, temem que o debate sobre o direito de greve seja o ponto de partida para o questionamento de outros direitos conquistados internacionalmente pelos trabalhadores.
Também participaram, pelas centrais sindicais, o secretário de relações internacionais da Força Sindical, Nilton Souza Silva, Carlos Alberto Azevedo, presidente da Confederação Nacional dos Profissionais Liberais e Ruth Monteiro, secretária de cidadania da Força Sindical.
Fonte: UGT