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Aposentadoria do INSS vai encolher 0,65%, na média
02 de Dezembro de 2014 / Geral
Brasileiros que se aposentarem pelo INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) a partir de dezembro receberão, em média, um benefício 0,65% menor, do que os que deram entrada no direito até a última sexta-feira, 28 de novembro. Com a divulgação da Tábua de Mortalidade 2013, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ontem, passou a valer para a fórmula de cálculo do fator previdenciário a nova expectativa de vida da população.
Em média, a esperança de vida ao nascer aumentou 3 meses e 25 dias, frente a 2012, chegando aos 74,9 anos. O período de vigência das tábuas de mortalidades vai de dezembro de um ano até novembro do ano seguinte. Na maioria dos casos, o fator previdenciário atua como um redutor do valor dos benefícios. Assim, quanto maior é a expectativa de vida da população, maior é o desconto do fator previdenciário e menor é o valor da aposentadoria.
Atuário especializado em Previdência, Newton Conde calcula que a redução média no valor do benefício chegue a 0,65%. Um corte, segundo ele, pequeno. Logo, se o segurado contribuir por mais dois meses e solicitar em fevereiro de 2015 a aposentadoria, conseguirá voltar ao nível de benefício que teria em novembro.
Mas, em algumas idades, o desconto no valor do benefício pode ser maior. Aos 69 anos, por exemplo, o redutor é de 1,30%, o dobro. “Se o segurado tem direito a receber o teto ( hoje em R$ 4.390,24), isso equivale a um desconto de R$ 40 no benefício”, aponta Conde.
O especialista salienta que se aposentar cedo, entre os 50 e 55 anos, não está compensando. Isso porque, o desconto do fator previdenciário nesses casos pode chegar a 50% do valor do benefício.
“Se o segurado esperar e ficar mais 5 a 6 anos vai ter um benefício maior”, avalia.
Outra dica é simular o valor do benefício antes de pensar em se aposentar. Nos cálculo de Conde, um segurado homem que tinha as condições de se aposentar em 2000 e postergou o direito para 2013, sem com isso ter mudado de salário e contado apenas com o reajuste da inflação, perdeu 16,7% do valor do benefício, por causa do fator previdenciário.
Mulheres vivem mais que os homens no Brasil
Segundo o IBGE, a população masculina continua vivendo menos do que a feminina. A expectativa de vida dos homens, que até o ano passado era de 71 anos, foi para 71,3 anos. Já as mulheres passaram dos 78,3 anos para 78,6 anos.
A diferença entre os sexos também vem aumentando ao longo das décadas. Em 1980, a diferença entre as expectativas de vida de homens e mulheres era de 6,1 anos a mais para as mulheres. Agora, em 2013, está em 7,3 anos.
Segundo o IBGE, essa diferença pode ser explicada, em parte, pelo fato de as mortes violentas atingirem mais aos homens do que às mulheres. Em 2012, do total de óbitos violentos ocorridos no grupo de 15 a 25 anos, aproximadamente 90% eram de jovens do sexo masculino.
Mas, a maior mortalidade da população masculina em relação à feminina aparece também já no nascimento. A probabilidade de um recém-nascido do sexo masculino não completar o primeiro ano de vida foi de 16,3 para cada mil nascidos vivos. Para o sexo feminino, este valor foi de 13,7 por mil, uma diferença de 2,6 óbitos.
Entre 1 e 2 anos de idade, este valor passa para 1,3 vez, mantendo-se neste nível até os 9 anos. A partir dessa idade, cresce até atingir o valor máximo entre os 22 e 23 anos. Um homem de 22 anos tem 4,6 vezes mais chances de não atingir os 23 anos de idade do que uma mulher. A diferença diminui conforme a idade aumenta.
Fonte: Brasil Econômico