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As operadoras Claro e Vivo fecharam acordo com o banco BTG Pactual para, junto com a Oi, comprar a TIM Brasil, a segunda maior empresa do mercado brasileira, e reparti-la em três.
O valor não está fechado, mas pode chegar a R$ 31,5 bilhões, o maior negócio no setor no país. São cerca de R$ 30 bilhões, mais um prêmio de 5% pago aos acionistas, incluindo minoritários.
A Folha apurou que será feita uma oferta aberta aos acionistas da Telecom Italia, dona da TIM Brasil, que decidirão em assembleia.
Os principais acionistas, como a francesa Vivendi, tendem a aceitar. Ainda não está definido o que acontece com os clientes.
A entrega da proposta está condicionada à venda, por parte da Oi, da Portugal Telecom (PT) em Portugal, um negócio que deve ser fechado na próxima semana.
Segundo apurou a reportagem, cinco são os interessados. Entre eles estão duas operadoras –a francesa Altice é uma delas– e três fundos de investimento.
O valor dessa transação será de cerca de € 7 bilhões (R$ 22 bilhões), já descontando a dívida e incluindo um prêmio pelo controle. Com o dinheiro, a Oi reduzirá seu endividamento para bancar sua parte na oferta pela TIM.
FUSÃO
Nas conversas com o BTG Pactual, a Telecom Italia disse que a TIM Brasil não está à venda e fez uma contraproposta: uma fusão com a Oi.
Mas só entrariam nesse negócio se assumissem o comando da nova empresa. Para isso, pagariam até R$ 3 por ação aos acionistas da Oi, praticamente o dobro de seu valor de mercado.
Outra condição da Telecom Italia foi abrir as gavetas da Oi para evitar possíveis "surpresas" desagradáveis como aquela descoberta pela própria Oi no processo de fusão com a Portugal Telecom (PT).
Após as diligências na contabilidade das duas empresas, surgiu um "empréstimo" de € 897 milhões feito pela PT à Rio Forte às vésperas da fusão. A empresa, que pertence ao Grupo Espírito Santo, sócio da Oi, foi à falência.
O BTG respondeu à Telecom Italia que só poderia negociar a compra da TIM Brasil e ficou de enviar uma proposta para o negócio.
Embora negue a venda da TIM, o presidente da Telecom Italia, Marco Patuano, já afirmou que tudo depende do "valor do cheque".
Numa possível venda, parte dos recursos seria investida na Telecom Italia para permitir a oferta de TV, foco de seu novo sócio, a Vivendi.
E EU COM ISSO?
Caso a TIM seja mesmo fatiada, caberá à Anatel definir de que forma ocorrerá a divisão de clientes.
A agência terá de decidir, entre outras questões, se Claro, Vivo e Oi terão de manter as mesmas condições de planos do cliente TIM. Isso para evitar, por exemplo, uma migração em massa, em razão da portabilidade numérica, o que traria problemas para as redes.
Fonte: Uol