O Sindicato dos Empregados em Cooperativas de Crédito do Rio Grande do Sul (SECOC/RS) realizou no último dia 25, em Porto Alegre, a última rodada de assembleias para a aprovação da pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2013.

Desde o início de julho, foram promovidas reuniões com os trabalhadores da categoria em cinco cidades do Estado. O objetivo era apresentar as demandas que serão negociadas com os sindicatos patronais, porém os encontros também foram oportunidades de apresentação da entidade à base, troca de informações e esclarecimentos de dúvidas.

Em Porto Alegre, a assembleia ocorreu no Clube do Comércio, localizado no centro da Capital. Os presentes aprovaram a pauta por unanimidade.

Questionamentos sobre o Plano de Participação nos Resultados (PPR) e a redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais foram trazidos pelos participantes. Além disso, problemas enfrentados pelos trabalhadores dentro das cooperativas como o assédio moral entraram no debate.

O assessor jurídico do Sindicato, Arli Silva, explicou as etapas de uma negociação coletiva e ressaltou que este ano a categoria tem uma pauta de reivindicações coletiva a ser negociada com as entidades patronais. A intenção é unificar avanços e benefícios aos empregados de todas as cooperativas de crédito do Estado.

O advogado frisou também que a categoria precisa se unir e mostrar que está mobilizada. “A classe patronal só reage se for pressionada”, alertou.
Na mesma linha, o presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT/RS), Paulo Roberto Barck, lembrou a importância da mobilização dos trabalhadores na conquista de avanços. “O sindicato representa a categoria, mas se não tiver união, se não for demonstrada a insatisfação e a vontade de mudar nada vai acontecer”, salientou. A UGT é a central sindical na qual o SECOC é filiado.
De acordo com o presidente do SECOC/RS, Everton Brito, apesar de o Sindicato ser uma entidade nova, muitos avanços já foram conquistados desde sua fundação em 2010. A própria pauta unificada deste ano é uma vitória.

“Iremos para a mesa de negociações com a certeza de que o patronal pode atender a nossa pauta. As cooperativas estão lucrando cada vez mais sem, no entanto, valorizar a atividade de seus funcionários. Muito pelo contrário, o que se vê são trabalhadores expostos aos riscos e à pressão de atividades desenvolvidas por instituições financeiras, mas com uma jornada de trabalho maior e benefícios menores”, disse Brito.

Como a data-base da categoria é em agosto, o próximo passo será o envio da pauta aos sindicatos patronais para dar início às negociações.

Fonte: Assessoria Secoc/RS