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Nos dois primeiros meses do ano, 97,5% dos acordos salariais têm reajuste maior ou igual à inflação
26 de Março de 2024 / Trabalhador
Marcelo Casall/Agência Brasil
De 928 negociações salariais realizadas em janeiro e janeiro, 86% garantiram reajustes com índice superior ao da inflação (INPC-IBGE). E 11,5% tiveram acordos equivalentes à variação da inflação. Apenas 2,5% ficaram abaixo, segundo acompanhamento do Dieese. A variação real média, até agora, é de 1,87% acima do INPC.
Os dados colhidos no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) mostram ainda que os resultados na indústria e nos serviços são semelhantes, com 88,9% e 87,1% de ganhos reais (acima da inflação), respectivamente. No comércio, esse índice é de 67,1%, com 27,4% equivalentes ao INPC.
Piso e salário mínimo
Neste início de 2024, o valor médio de 922 pisos analisados pelo Dieese é de R$ 1.590,99 – 12,7% acima do salário mínimo oficial (R$ 1.412). O maior é o dos serviços (R$ 1.627,52) e o menor, da indústria (R$ 1.528,08). A negociação dos pisos reforça a importância da negociação coletiva, realizada pelas entidades sindicais. E o salário mínimo também tem tido ganho real no atual governo.
Consideradas apenas as categorias com data-base em fevereiro, 88% de 117 negociações mostram reajuste acima do INPC. São 9,4% equivalentes à inflação e apenas 2,6% abaixo. “Também é importante destacar que fevereiro mantém o comportamento observado desde dezembro de 2023, de aumento na proporção dos reajustes acima do INPC, contrapondo-se ao registrado entre junho e novembro de 2023, de redução do peso dos aumentos reais”, informa o Dieese.
Inflação diminui
A variação real média foi de 1,63%, ante 1,91% em janeiro. “Ainda assim, ´e a terceira maior média nas últimas 15 datas-bases, atrás somente de julho de 2023 (2,21%) e janeiro de 2024.”
Categorias com data-base neste mês, que usam o INPC como referência, precisam de reajuste de 3,86% para “recompor” perdas acumuladas. O índice é pouco superior ao de fevereiro (3,82%). Há um ano, o índice acumulado chegava a 5,47%.
Fonte: RBA