Você sabe como estão os direitos das mulheres em 2024? A carga tem sido pesada: cuidados domésticos e com familiares; o sustento do lar; agressões psicológicas e físicas, nos mais diversos ambientes; baixa representação na política e nos altos cargos do mundo corporativo; remuneração desigual.

Em um país onde o machismo ainda é estrutural em nossa cultura e a equidade de gênero é vista como ameaça, como podemos mudar? Precisamos, cada vez mais, a conscientização de todos de que as mulheres têm o direito de ocupar os espaços que quiserem. Não apenas o Estado é responsável pela formulação de políticas públicas eficazes, mas a sociedade, de modo geral, precisa refletir sobre a divisão de gênero da jornada de trabalho reprodutiva (aquela que envolve tarefas do lar e com a família), equidade salarial e de cargos decisórios, direitos de reprodução, entre tantas outras pautas.

De acordo com o levantamento "Mulheres no Mercado de Trabalho", realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) com base nos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADc) do IBGE, houve crescimento na representação feminina em cargos de liderança, passando de 35,7% em 2013 para 39,1% em 2023. O índice de empregabilidade feminina avançou de 62,6 para 66,6 durante o mesmo período, representando um aumento de 6,4%.

Além disso, mulheres demonstram maior média de anos de estudo (12 anos, comparado a 10,7 anos dos homens) e dedicam mais tempo à jornada de trabalho reprodutiva. Em 2022, mulheres empregadas dedicaram em média 17,8 horas semanais, enquanto homens dedicaram 11 horas, e entre desocupados, mulheres dedicaram 24,5 horas semanais, em comparação com 13,4 horas dos homens.

O avanço é lento. Quando falamos sobre o enfrentamento da violência, o problema é ainda mais grave. Segundo pesquisa realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), no ano de 2023, a cada seis horas uma mulher foi vítima de feminicídio no Brasil.

Conquistas são possíveis! Todos temos responsabilidade na construção de um mundo mais justo e plural, o que passa por um exercício contínuo de práticas em todos os ambientes que participamos, familiar, corporativo, social, comunitário. 

O Sindicato dos Empregados em Cooperativas de Crédito (Secoc/RS) possui sua base constituída em sua maioria por mulheres. No dia a dia da entidade acompanhamos os grandes desafios das trabalhadoras para ocupar os seus espaços de direito.

O Dia Internacional da Mulher é uma data simbólica de luta por direitos e melhores condições de vida. O Sindicato reconhece esses desafios e está comprometido em apoiar as trabalhadoras em sua busca por equidade, respeito e segurança. Junte-se a nós nessa luta!

Everton Brito

Presidente do Secoc/RS