O Dia do Internacional do Trabalhador surgiu como uma data simbólica após mobilizações e um confronto entre operários e polícia, resultando em mortes,  em Chicago, no ano de 1886. Eles cobravam uma carga horária laboral diária que não passasse das oito horas.

Das lutas operárias  do século XX, que trouxeram as bases para o trabalho digno, com garantias de direitos, até a Era Digital que nos encontramos, ocorreram muitas transformações.

O que parecia distante e improvável nos filmes de ficção científica já faz parte da nossa  realidade permeada por máquinas e robôs que substituem postos de trabalho. Com o fim da Era Industrial, a natureza do trabalho se transforma e não é alarmismo falar na extinção de diversas atividades e profissões.

Vemos também o surgimento de novos formatos de trabalho e, com isso, a precarização trazida pela chamada Uberização, entre outros fatores. O desenvolvimento de atividades de forma totalmente remotas, acelerado pela necessidade de isolamento social em razão da pandemia, também apresenta um universo desconhecido para os trabalhadores.

Nunca se falou tanto em saúde mental e não é para menos, para além da sombra da pandemia de COVID-19, nós, trabalhadores precisamos nos reinventar neste mundo novo de incertezas.

Precisamos urgentemente discutir o presente e o futuro do trabalho. Estamos no meio de uma revolução digital e este é o melhor momento para criarmos as bases do mundo mais inclusivo e justo que queremos viver.

Neste dia significativo, prestamos nossa homenagem  a todos os trabalhadores pela força e pela coragem!  Que seja uma data de reflexão sobre o que nos espera e como podemos garantir trabalhos dignos, valorizados, que promovam saúde e crescimento e que contribuam para uma sociedade melhor.

Everton de Brito

Presidente do Secoc/RS