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Febraban diz que cheque especial pode mudar ainda neste ano
19 de Janeiro de 2018 / Economia
Os bancos e o Banco Central anunciaram nessa quarta-feira (17) um trabalho conjunto para reformular o cheque especial com o objetivo de reduzir os juros, como ocorreu no ano passado com mudanças no rotativo do cartão de crédito.
Em nota, a Febraban afirmou que estuda formas de melhorar o ambiente de crédito no país e trabalha para garantir uma redução estrutural do spread —diferença entre as taxas cobradas pelos bancos para conceder crédito e as que pagam para tomar recursos.
O grupo de trabalho foi formado no início do ano passado. "O cheque especial faz parte desse conjunto de ações do setor bancário", diz trecho do comunicado, acrescentando que as medidas serão anunciadas "neste ano, quando forem concluídas".
Mais cedo, o BC havia afirmado que os bancos assumiram o compromisso de reformular o instrumento do cheque especial com objetivo de reduzir os juros aos clientes, como ocorreu no ano passado com mudanças que restringiram o rotativo.
O presidente da Febraban, Murilo Portugal, deve se reunir ainda quarta-feira com o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Eduardo Guardia.
O movimento confirma reportagem da Reuters publicada em meados do ano passado, quando o Banco Central iniciou discussões com bancos sobre imposição de um prazo máximo para o uso do cheque especial, dentro da estratégia implementada no fim de 2016 pelo presidente do BC, Ilan Goldfajn, para baratear o custo de crédito no país.
Na ocasião, os bancos se mostravam receosos em avançar nos estudos sobre limites ao cheque especial, um de seus produtos mais lucrativos, porque ainda precisavam de mais prazo para avaliar as mudanças no rotativo.
As mudanças, que limitaram o uso do produto a no máximo 30 dias, provocaram queda gradual dos juros do rotativo. No fim de novembro, a taxa anualizada era de 333,8 por cento, depois de terem sido de mais de 450% ao ano.
Segundo o BC, em novembro a taxa de juros do cheque especial era de 323,7% ao ano. Essas taxas estão entre as mais caras do mercado de crédito no Brasil e são alvos de pressão do BC para limitar o uso na rede bancária.
Fonte: UGT
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