Carregando...

< Volta para Notícias

As mulheres e a Reforma da Previdência Social

03 de Março de 2017 / Geral

Ao longo de séculos as mulheres lutam por seus direitos. Muitos avanços foram conquistados, no entanto, o que se tem hoje ainda está longe do significado de igualdade entre gêneros. Não é à toa que afloram manifestações mundo afora contra o machismo, a misoginia, a opressão e a violência.

No Brasil, as mulheres têm pela frente uma nova batalha que é barrar a reforma da Previdência Social que está sendo proposta pelo governo federal através da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 287. A reforma atinge diretamente as trabalhadoras brasileiras, retirando direitos conquistados com muita luta. Entenda por que:
Idade mínima de 65 anos para homens e mulheres: O projeto prevê igualar a idade mínima para homens e mulheres, sem no entanto considerar a realidade de que as mulheres são submetidas a muito mais horas de trabalho doméstico não remunerado (manutenção da casa e cuidado com os filhos) do que os homens.

Isto significa que as trabalhadoras urbanas, trabalharão mais cinco anos (hoje a idade mínima é de 60 anos); as servidoras públicas ou trabalhadoras rurais, trabalharão mais dez anos; e as professoras da educação básica, trabalharão mais quinze anos.

Dados do IBGE apontam que as mulheres dedicam duas vezes mais tempo que os homens às atividades domésticas, e trabalham, no total, cinco horas a mais que eles. Ao todo, a jornada (remunerada e não remunerada) das mulheres é de 55,1 horas por semana, contra 50,5 horas deles.

A proposta não considera que mulheres são mais mal remuneradas: As mulheres inseridas no mercado formal de trabalho têm renda mensal, em média, que corresponde a 76% da renda masculina. Além disso, a informalidade no mercado de trabalho é maior para mulheres. Ou seja, a mulher tem renda menor, trabalha mais e terá mais dificuldades de se aposentar se as novas regras forem aprovadas.

O Sindicato dos Empregados de Cooperativas de Crédito do RS (Secoc/RS) tem lado nesta história. Estamos juntos com a central sindical UGT nas mobilizações e iniciativas que somem para impedir que a PEC 287 seja aprovada no Congresso Nacional. Uma medida como esta, apresentada sem debate com a sociedade e que afeta diretamente a classe trabalhadora e mais precisamente as mulheres, não pode avançar.

Neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher, o espírito das tantas lutas já travadas pelas mulheres ao logo da história, mais uma vez se faz necessário e urgente. Precisamos unir forças. A base de nossa categoria é formada em sua maioria por mulheres, essa luta é de todos nós!

< Voltar para Notícias