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Taxa de juros para as famílias chega ao recorde de 61,2% ao ano em agosto

23 de Setembro de 2015 / Economia

 

As famílias e empresas pagaram juros maiores ao pegar empréstimos em bancos, em agosto. Segundo dados do Banco Central (BC), a taxa média de juros do crédito para as famílias continuou a subir e chegou a 61,2% ao ano, no mês passado, a maior taxa da série histórica, iniciada em março de 2011. Em relação a julho, houve alta de 1,4 ponto percentual.

A taxa de juros para as empresas subiu 0,5 ponto percentual para 28,5% ao ano.

A inadimplência das famílias (pessoas físicas), considerados atrasos superiores a 90 dias, subiu 0,1 ponto percentual para 5,5%. A inadimplência das empresas ficou estável em 4,1%.

A taxa de juros mais alta na pesquisa do BC para as pessoas físicas é a do rotativo do cartão de crédito, que subiu 8,8 pontos percentuais, chegando a 403,5% ao ano. A taxa média das compras parceladas com juros, do parcelamento da fatura do cartão de crédito e dos saques parcelados, subiu 8,9 pontos percentuais, alcançando 129,8% ao ano.

A taxa do cheque especial chegou a 253,2% ao ano, em agosto, com alta de 6,3 pontos percentuais, em relação a julho. Já a taxa do crédito consignado (com desconto em folha de pagamento) ficou estável em 27,8% ao ano.

Esses dados são do crédito livre, em que os bancos têm autonomia para aplicar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros.

No caso do crédito direcionado – que são os empréstimos com regras definidas pelo governo, destinados, basicamente, aos setores habitacional, rural e de infraestrutura -, a taxa de juros do crédito para as empresas subiu 0,4 ponto percentual, alcançando 10,6% ao ano. No caso das famílias, houve queda de 0,2 ponto percentual, com taxa em 9,8% ao ano.

A inadimplência do crédito direcionado ficou estável em 0,7% para empresas e subiu 0,1 ponto percentual para 1,9%, no caso das pessoas físicas.

O saldo de todas as operações de crédito, livre e direcionado, chegou a R$ 3,132 trilhões, em agosto, com crescimento de 0,7% no mês e 9,6% em 12 meses.

Fonte: Kelly Oliveira/Repórter da Agência Brasil

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