Um dos desafios mais urgentes enfrentados no mundo do trabalho é a desigualdade de gênero. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) divulgou um relatório destacando que em 2017 a taxa de participação na força de trabalho global para as mulheres foi de 49,4%, enquanto que a dos homens foi de 76,1%. Da população economicamente ativa, 53% das mulheres em comparação com 40,4% dos homens completaram 10 ou mais anos de educação formal.
A paridade de gênero além de ser um questão ética, também é econômica. Empresas que querem ser inovadoras e manter a sustentabilidade de seus negócios não terão futuro sem a integração e a valorização da força de trabalho feminina.
O movimento para a igualdade de gênero vem crescendo. Os seus efeitos, no entanto, ainda são tímidos. É preciso que a matriz das causas da disparidade entre homens e mulheres seja reconhecida e combatida. Isso passa por uma profunda mudança cultural que inclui a reformulação dos papéis de gênero. Passa por educação, dentro dos lares, nas escolas e na comunidade. As tarefas de cuidado não remuneradas têm de ser igualmente divididas na família. As instituições precisam prevenir e eliminar a discriminação, a violência e o assédio contra as mulheres.
A OIT estima que se o compromisso assumido em 2014 pelos líderes do G20, em reduzir em 25% a diferença de participação entre homens e mulheres no mundo trabalho até 2025 fosse cumprido, poderiam ser adicionados 5,8 trilhões de dólares à economia global. Ou seja, igualdade de gênero, gera aumento de renda para empresas, cidades, países, o que significa melhoria na qualidade de vida de todos.
O setor privado precisa buscar soluções que promovam o empoderamento das mulheres e a criação de ambientes laborais mais inclusivos e plurais tão essenciais ao desenvolvimento. É urgente a compreensão de que a luta pela igualdade de gênero não é só das mulheres, é de todos que querem um mundo mais justo e integrado com a era que estamos vivendo.
Neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher, o Sindicato dos Empregados em Cooperativas de Crédito do RS (Secoc/RS) deseja que cada vez mais haja nas relações laborais e no dia a dia em comunidade a igualdade e o respeito à diversidade. Que a valorização do ser humano e de suas potencialidades seja a base das interações, não importando as questões de gênero, raça ou credo, com a consciência de que só assim avançaremos como sociedade.