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Desemprego fica estável em 9,7% na Região Metropolitana de Porto Alegre

26 de Fevereiro de 2016

 

O desemprego na Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA) subiu levemente em janeiro. A taxa passou de 9,6%, em dezembro de 2015, para 9,7% no mês passado. Para a equipe responsável pela Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), o comportamento do indicador mostrou estabilidade.

Mas a renda mantém a trajetória de queda que já dura 12 meses. Comparado a janeiro de 2015, o valor dos rendimentos médios dos ocupados caiu 8%, ainda menos que a inflação do INPC (IBGE), que fechou em 11,31% no mesmo período. O indicador é o mais usado nas negociações coletivas para reajuste de salários.

Já os trabalhadores assalariados (com e sem carteira) foram os que mais perderam, com queda de 11,8% no rendimento médio, acima da variação do INPC. Em janeiro, os rendimentos continuam perdendo valor, com redução de 2,1% na remuneração dos ocupados e 3,6% na dos assalariados.

Foi a redução na oferta de vagas que influenciou a leve alta da taxa de desocupação, já que o contingente de desempregados reduziu de 183 mil a 180 mil na RMPA nos dois meses. A ocupação caiu 2,7% em janeiro frente a dezembro.

A aparente contradição (alta da taxa de desocupação e menos desempregados) é explicada pela influência de outro movimento – a saída de pessoas do mercado de trabalho. A População Economicamente Ativa (PEA) – que reúne tanto ocupados como desempregados – recuou 2,6% no mês passado, ficando em 1,857 milhão de pessoas ante o 1,907 milhão de dezembro – 50 mil a menos.

“São pessoas que se aposentaram, que desistiram de procurar emprego ou que estão postergando a procura porque acham que devem esperar uma conjuntura mais favorável”, esclareceu a pesquisadora Virginia Donoso, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). “Pode haver um contingente de pessoas que está desanimada porque procura emprego e não encontra,”

A expectativa do Dieese, Fundação de Economia e Estatística (FEE) e Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS) é que após janeiro e fevereiro, período de férias e menor oferta de vagas, ocorra a volta das pessoas ao mercado em busca de emprego. “A PEA deve voltar a crescer”, acrescenta Virginia.

No mês passado, a população de ocupados perdeu 47 mil pessoas (frente a janeiro de 2015, são 118 mil a menos com trabalho, -6,6%). Os ocupados abrangiam 1,677 milhão de trabalhadores. Os desempregados somaram 180 mil pessoas no mês passado, alta de 3 mil pessoas.

Os setores que mais cortaram vagas foram construção civil (-9,8%), indústria de transformação (-5,7%) e serviços (-3,7%). Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas mostraram recuperação, com alta de 7,1% na criação de oportunidades.

Fonte: Patricia Comunello – Jornal do Comércio

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